terça-feira, 7 de junho de 2011

Corridas de Aventura

Muito tempo atrás, eu participava de provas de Trekking ("corrida" a pé no meio do mato através de navegação - mapa, bússola, conta-passos, etc) com a saudosa equipe Papa-Léguas, de Presidente Prudente-SP.
Nesses últimos anos soube de uma modalidade parecida mas que além da corrida, também tem ciclismo (MTB), rapel, remo (duck) , Orientação, canoining e outras características. É a chamada Corrida de Aventura.

Alguns amigos, que já competem faz anos, me chamaram esse ano para correr com eles. Dividimos as equipes da GR Aventura (I e II) e como eu não posso ouvir falar em "competição" eheh, resolvi encarar.
Essa competição, em específico, é um evento da www.extremaventura.com.br, que é um dos principais eventos do circuito paranaense de Corridas de Aventura.



Eu e Guilherme Rampo na GR I
Salvi, Pick e a GoPro na GR II.

E lá fomos nós! Acordar as 5am de um Domingo com uma friaca absurda em Curitiba para encarar mais frio, terra, barro, água congelante, fome e sei lá mais o que.
O local da prova foi em Campo Magro, região metropolitana de Curitiba. Um região muito bonita e muito conhecida, principalmente pelo Morro da Palha, onde ocorrem saltos de parapente praticamente todos os dias. Os pousos das decolagens são feitas no gramado do restaurante Gramados do Palha (http://www.gramadosdopalha.com.br/index/), que por sinal, tem um atendimento e comida excelentes. Sem contar no visual e ambiente do local. Realmente, demais!

A prova:
A largada foi no Gramados do Palha (trekking), rumo ao PC1 que estava no cume do Morro da Palha (a subida era obrigatoriamente à Oeste). Realmente uma subida muito difícil, exigindo muito dos atletas. Quem conseguiu subir bem, levou vantagem.
O PC2 estava no mesmo local da largada. Portanto, descemos (obrigatoriamente à Leste) as ladeiras correndo... e tomando cuidado para não "escapar" nas curvas eheh.
No PC2, pegamos as bikes e pedalamos em chão-batido rumo ao PC3. Para o PC4, a estrada de chão-batido virou uma trilha bastante técnica, com subidas de pedras/buracos bastante íngrimes e estreitas. Teve momentos que tivemos que descer da bike, coloca-la no ombro e subir os barrancos.
Chegando ao PC4, deixamos as bikes, e caímos para o canoining (leito de rio) rumo ao PC5. Esse trecho de aproximadamente 45minutos foi um tanto difícil para mim. Já estávamos com mais de 3horas de prova, o cansaço comecava a bater, a fome chegando.. sem contar a temperatura da água que estava MUITO gelada. Mas nada que o corpo não se acostume eheh.



Nesse trecho mais lento, consegui comer alguma coisa, me hidratei melhor e sebo nas canelas.
Achamos o PC5 e então, voltamos para pegar o PC6. Mais um longo trecho de canoining com direito de um pulo em um poço que existia no trajeto. O poço tinha uma altura de uns 3metros aproximadamente. Era fechar o colete salva-vidas e... pular numa água que com certeza estava perto de 0 graus... ahah.. muito gelada. Mas blz.. do pulo até o nado para alcançar a borda do poço nao durou mais que 30 segundos.. eheh.

No PC5, pegamos as bikes e enrolamos o cabo até a chegada, no Gramados do Palha.

Conseguimos navegar quase que com perfeição, se não fosse um equívoco no início (PC2~PC3) que nos tomou uns 5min aproximadamente. A parte física também estava boa e não tivemos nenhum imprevisto (problemas mecânicos ou de saúde/acidente).

Tempo total de prova: 04h15m
Colocação: 1o. lugar na categoria Aventura Duplas



Muitos arranhões/cortes, hematomas, pulso aberto, etc... mas mesmo assim, valeu cada minuto em busca do caneco! No dia seguinte, não conseguia nem subir escadas, de tão "machucadas" que estavam as minhas pernas. São músculos e movimentos que você geralmente não usa no ciclismo de estrada e/ou em uma corrida de rua.

Para quem curte uma natura, uma competição e um alto bpm eheh, é a pedida!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Bicicleta: (praticamente eheh) ninguém resiste!

Conhece alguém que nunca pedalou? Mesmo quando criança?
Eu não! AINDA BEM! Ahah.
Em diversos artigos e matérias, vejo como a bicicleta é um meio e um objeto que pode ser usado por diferentes (e praticamente todas) faixas etárias. Seja para qual finalidade for, me parece que o encanto do "vento na cara" proporcionado pelas próprias pernas faz com que jovens, crianças, adultos e até a 3ª idade curtam uma pedaladinha... nem que seja de vez em quando ehehe.

E como já era sabido, e magrela também não opta por ticos, probres, brasileiros ou asiáticos.



Por que um cara, como o piloto de F1 Fernando Alonso com seus milhões de dolletas no bolso, pegaria uma bicicleta para fazer o "reconhecimento" da pista de Bahrein?
Será por que até a magrela é uma "Ferrari"?
:P

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As fast as you can! Eheh.. algumas dicas pra você queimar o chao! ;)



Seria certo jogar futebol calçando um par de chinelos? Ou, seria certo tomar banho com detergente de cozinha? Fazer um Rally dos Sertões com um Ford Fusion (nada contra o Ford Fusion!)? Querer varrer com um rodo?
Não! Grato!
Esses exemplos nos mostram que, para qualquer atividade (de qualquer gênero) que você queira fazer, existem os instrumentos, as ferramentas e as maneiras corretas para tal.

E para a chamada “Corrida de Rua”, não é diferente. E eu sou prova viva disso.. e depois conto o que ja sofri. Ehehe.

Abrevio aqui o – acredito eu – principal ponto de observação e atenção para iniciar seus treinos (e provas) para corrida de rua: seu tipo de pé, sua pisada e o tipo de tênis específico para o tipo de pisada e tipo de pé.
Seja seu treino/corrida de 100m, 400m, 1km, 5km, 10km, meia maratona e assim vai... não importa. Saia preparado e informado para evitar tanto as micro-lesões como lesões maiores e mais graves, que até mesmo podem te impossibilitar de correr pelo resto da vida.

Lembrando que para cada tipo de corrida, existe seu treino x alimentação x intensidade x fortalecimento específico. Não vá comprar o tênis XYI e sair correndo igual louco! Não quero ter que acionar o SAMU. ;)
Falo aqui, apenas um pouco sobre tênis de corrida de rua, pisadas e tipos de pés.

Tipos de pé (arco)

Segue um teste simples para voce saber qual o tipo de pé que você tem: molhe o pé e o coloque sobre um folha de papel. Dessa maneira, você “deixará” a sua pegada. Veja os tipos abaixo e verifique em qual pegada você se encaixa:


Pé Normal:
Tem um arco normal e deixa uma pegada que mostra o calcanhar e a parte frontal do pé ligadas por um faixa larga. Um pé normal tem um grau leve de pronação para absorver o impacto.Tênis recomendado : de moderada estabilidade como aqueles com o meio da sola em duas-densidades com solado semi-curvo.Categorias de tênis recomendadas: Estabilidade ou Amortecimento



Pé Chato:
Tem um arco baixo e deixa quase toda a marca do pé na pegada. Tendem a ter um grau excessivo de pronação que pode levar a vários tipos de lesões.Tênis recomendado : de estabilidade ou controle de movimento para reduzir o grau de pronação. Solado plano ou semi-curvo.Categorias de tênis recomendadas: Controle de movimento ou Estabilidade




Pé com arco elevado:
Deixam uma pegada com uma conexão estreita entre o calcanhar e a parte frontal do pé. Geralmente não tem um grau de pronação suficiente para absorção de impacto efetiva.Tênis recomendado : de amortecimento com boa flexibilidade e solado curvo para promover o movimento do pé.Categoria de tênis recomendada: Amortecimento




Pisadas

Pisada Pronada (Pronação)
Mais de 75% da população mundial tem tipo de pisada pronada.
A pronação acontece quando, durante a movimentação, a parte de fora do calcanhar toca o chão e o pé inicia a rotação para dentro e só depois se endireita, terminando a pisada no dedão.

Uma quantidade moderada de pronação é necessária para que o pé funcione apropriadamente, no entanto, lesões podem acontecer com a pronação excessiva. Quando a pronação excessiva acontece, o arco do pé se achata, alongando músculos, tendões e ligamentos que ficam na parte inferior do pé.
Pé chato (arco do pé achatado) é geralmente associado à pronação. Nesse caso o peso é aplicado na borda interior do pé durante a corrida. Esse tipo de pé requer um tênis das categorias controle do movimento ou estabilidade.

A imagem abaixo mostra o pé direito de um corredor com tipo de pisada pronada visto por trás. Como você pode ver, o calcanhar tem uma pronação acentuada.


Pisada Pronada


Pisada Supinada (Supinação)
Supinação é o oposto de pronação. Ela acontece quando, durante a movimentação, o calcanhar toca o solo e o pé inicia uma rotação para fora até se endireitar e terminar a pisada no dedinho.

Uma quantidade normal de supinação acontece quando, durante a pisada, o calcanhar deixa o solo e os dedos são usados para a propulsão do corpo. No entanto, a supinação excessiva põe uma carga grande nos músculos e tendões que estabilizam o tornozelo, o que pode fazer com que o tornozelo rotacione totalmente para fora, resultado em torção ou até mesmo na ruptura total dos ligamentos
Arco do pé alto é geralmente associado à supinação. Nesse caso o peso é aplicado na borda exterior do pé durante a corrida. Esse tipo de pé requer um tênis flexível, com bom amortecimento, como aqueles da categoria amortecimento

A imagem abaixo mostra um pé direito de um corredor com tipo de pisada supinada visto por trás.


Pisada Supinada


Pisada Neutra
A pisada neutra também começa com a parte externa do calcanhar e o pé rotaciona ligeiramente para dentro durante a movimentação, terminando com a parte da frente do pé inteira tocando o solo
A grande maioria dos corredores com pisada neutra usam tênis da categoria neutro-amortecimento. Mas dependendo do seu arco do pé, o tipo de tênis de corrida a ser usado pode ser outro

E para finalizar, seguem algumas sugestões de tênis de corrida de acordo com os tipos de pisadas:



Lembrem-se que isso é apenas uma visão geral sobre o básico que precisamos saber para evitar lesões e realmente, fazer da corrida (e caminhada) uma atividade física saborosa e saudável. Seja ela com fins "lazeirísticos" ou profissionais.

manugimO² deseja uma boa corrida à todos.. eheh! ;)


terça-feira, 30 de junho de 2009

Férias!! Pra onde ir?

Finalmente as férias estavam chegando.. e a idéia era fixa: esporte, lazer, aventura, treinar, desafio, limites, inovar, fazer valer a pena, fazer algo diferente e mais uma lista de desejos eheh.


Uma grande parte da humanidade associa o "diferente" com sentimentos e conclusões negativas ou pessimistas. E foi assim desde o princípio; o ser humano tende a se retrair às mudanças e as coisas "diferentes" que ocorrem durante a evolução de uma maneira geral.

Bom.. depois de algumas análises.. o poder sobre duas rodas falou mais alto e o giro de bike para algum canto foi decidido.

(foto da magrela "parcera" as 7am de 24/Junho/09. No transporte, uma mochila com vestuários, rango, $$, ferramentas, etc, etc, etc)

As alternativas eram:

1. Ctba - Floripa. Assim, visitaria e passaria uns dias com meu grande chará Manu (Camboriu) e meu bom e velho amigo sr. Turra (em Floripa) ehehe.
2. Circuito do Vale Europeu (
http://www.circuitovaleeuropeu.com.br/index2.htm)
3. Ctba - Peruíbe. Assim, ficaria/visitaria a família.

Devido a fatores terceiros, decidi encarar a BR116 e ir pra Peruíbe.
Sim, um certo risco.. mas a preparação me deixou tranquilo e o desafio "será que eu chego!?" ahah, me deixou motivado. Iria com um amigo (grande Alexandre!), mas infelizmente ele nao conseguiu os dias.. e fui sozinho.






Odômetro inicial: 1km610m rodados


Segue abaixo algumas fotos da viagem e seus comentários.. Enjoy! ;)




E não faltou muito pra começar a piada dos pneus furados. Nunca tinha pedalado num acostamento tão sujo como o da BR116... realmente, um teste de paciência. No primeiro dia, foram 4 furos. No segundo dia, 3.

O que conforta é que tudo tem seu lado bom: to um Ás pra trocar pneu ehehe.











Quase cortei pra Floripa.. eheh..
















Passagem pelo portal de Morretes e Antonina. A famosa Serra da Graciosa..




E o tempo num ajudou muito. Era só subir a serra e a parada ia ficando fechada..


















Hauauhauh... e nada como num gastar 1 litro de gasolina. Prefiro a minha parte em isotônico ehehe ;)













E num teve jeito, após 121km tive que parar devido ao tempo ruim e ao tempo que perdi com os pneus furados. Afinal o próximo hotel de estrada era somente dali 100km e já eram 16h passadas
Pelo menos assisti um pedaço de Espanha x EUA pela Copa das Confederações. ;)




Fim do primeiro dia.
Km total: 121.81
Vel.Med: 23,7Km/h








Canto pra dormir: Posto Palhoça - serra da BR116















ps: nada como secar as roupas no frigobar! eheh






... no dia seguinte: tempo ruim e um pouco de chuva.
O le-gal foi quando eu perguntei ao povo do posto
"Opa! Camarada, quando o tempo está assim, demora muito pra passar aqui na serra?"
O cara:
"Entao.. costuma demorar uma, duas, tres.. ate quatro SEMANAS"
:




Só pra constar... +1 :(


E finalmente.. às 18:02 do dia 25/Junho/09 após 12h59m52s de giro e mais de 324km rodados, tá lá a plaquinha "Peruibe, 500m"!!
Que sensação de desafio ultrapassado.. acabado.. fulminado.. colocado no chinelo.. comido com farinha.. ehehe.. !! Muito bom!




















Fim do segundo dia e da viagem
Hora da chegada em Peruíbe: 18:02h
Tempo total de giro: 12h59m52s
Distancia Percorrida: 324,790km
Veloc Max: 71.5km (descida da serra.. literalmente na banguela ahaah)
Veloc Media Total: 25km/h







Após uma boa noite de sono.. taí a recompensa: natureza, Sol, praia, ar puro e a sensação + certeza que somos capazes de muita coisa.. mesmo sem ter muita certeza pra isso...











... são essas pequenas coisas que nos fazem acordar a cada dia e agradecer por cada momento...














.. mesmo porque, amanhã não conseguiremos fazer o que tinha que ser feito ontem. O lance é agora, a hora pra fazer é já... depois passa e já era... simplesmente passa e você nao percebe..










.. isso é Vida.. isso é o que nos torna vivos a cada dia ehehe..









Agradecimento: o Bicho lá em cima é o brother de sempre. Sem palavras!
Apoio: minha Carmela, família (minha maezona em especial!), aos "bike consultant" Jeison Duck e Guilherme Rampo.
Patrocínio: Cicles Souza, CM&C Consultoria, Dr. Carlos C. Arias (ahah)
Agradecimento especial: timer da cam digital. Sem esse recurso.. eu estaria fudido pra documentar isso aqui ehehe..